Meu Primeiro Post

Durante um tempo achei que era uma coisa comum. Era apenas um desespero momentâneo.

Eu realmente acreditava que todo mundo sentia aquela coisa. Ouvia tanta história de tristeza que não dei nenhuma importância. Minha fuga foi o meu trabalho.

Todas as vezes que aquelas sensações me assombravam, eu simplesmente focava minha atenção nas tarefas que tinha por fazer. Idealizava mais projetos, sem ter terminado outros anteriores. Aquilo parecia me trazer algum conforto, me fazia esquecer de um medo de não sei o que. Via-me constantemente atolado de tarefas. Cada dia que passava menos tempo eu tinha pra mim. Mas eu não sentia falta. Conscientemente, não. Sentía-me útil e insubstituível. Não em casa.

Em casa tudo parecia desmoronar. Não que eu me desse conta. Hoje repensando tudo, consigo ver que na verdade estava perdendo as coisas que sempre prezei. Mas não que eu estivesse em um momento workaholic. Era só fuga. Eu não sabia mais o que precisava comprar. Outras pessoas passaram a assumir as responsabilidades que antes eram minhas na administração do meu lar.

De repente comecei a sentir mal estar frequente e rapidamente foi diagnosticado hipertensão. Sudorese, taquicardia e tremores pelo corpo passaram a fazer parte da minha rotina. Captopril, diurético e novalgina era a ‘trilogia da cura’ desses momentos, que se tornavam cada vez mais frequentes. Um dia uma cardiologista, após verificar que estava com 18×12 de pressão arterial em plena manhã de quarta-feira, disse-me que “eu poderia morrer ali mesmo. Se morresse seria um alívio, pior se ficar aleijado em cima de uma cama” (quanto amor!!!).

Bem, vou dar um tempo. Depois eu continuo. Estou muito ansioso pra ver no que esse blog vai dar.

Preciso de ajuda. Se puder me ajudar, agradeço!